HÁ ALGUM PROBLEMA SE AS CRIANÇAS SE FANTASIAM DE BRUXAS?

 

Philip Kosloski, publicado no site Aleteia, em espanhol, em 29/10/25

 

Bruxas e magos são duas das fantasias infantis mais populares no Halloween e, na maioria dos casos, são completamente inofensivas

 

O Halloween é uma época do ano que causa muita ansiedade em alguns cristãos, já que é um dia no qual muitas tradições ocultistas são louvadas e exaltadas na cultura dominante. Alguns pais se preocupam sobretudo com o tipo de fantasia que os seus filhos vestem, por exemplo, optando por proibir qualquer fantasia de bruxas ou magos.


A Igreja Católica tem alguma opinião sobre isso?

 

O lado sinistro das bruxas

 

O Catecismo da Igreja Católica deixa claro que dedicar-se ativamente à bruxaria é pecaminoso:

 

“Todas as práticas de magia ou feitiçaria, pelas quais se tenta dominar as forças ocultas para as pôr ao nosso serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – mesmo que seja para curá-lo – são gravemente contrárias à virtude da religião. Estas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de prejudicar alguém ou quando recorrem à intervenção de demônios” (CIC 2117).

 

Este parágrafo é dirigido principalmente àqueles que recitam intencionalmente feitiços ou invocações que, muitas vezes, implicam dependência de poderes demoníacos.

 

E as fantasias das crianças?

 

Em sentido estrito, não existe nenhuma proibição sobre se fantasiar de bruxa. Também é importante distinguir que tipo de bruxa ou mago está sendo representado.


A maioria das fantasias, na cultura moderna, faz referência a personagens de filmes ou romances fantásticos, nos quais há uma história interna diferente que não tem nada a ver com a bruxaria oculta. Trata-se de algo idealizado que não tem relação com as bruxas e os magos da vida real.


Além disso, há uma diferença entre fantasiar-se de algo e participar ativamente do ato que a fantasia representa. A maioria das crianças se fantasia de maneira idêntica à como faz um ator para interpretar um papel em uma peça de teatro. Elas não estão interiorizando o personagem, mas apenas apresentando uma fachada exterior.


Não obstante, cabe a cada pai discernir se a fantasia glorifica os poderes ocultos ou se constitui algo que, em geral, é inofensivo.


[NOTA: Ao traduzirmos o presente artigo, não desejamos - assim como seu autor - apoiar tal comemoração de origem pagã, mas, sim, fazer com que se evitem julgamentos sobre quem a festeja inocentemente. A sadia catequese é o melhor meio para evitarmos os extremismos. Hoje, em não poucos lugares, já há uma reação a esta festa com crianças vestidas de santos, como é, sem dúvida, mais desejável].

 

Tradução: Ir. Vanderlei de Lima, eremita de Charles de Foucauld.

Revisão: Prof.ª Thamara Rissoni.

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