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LEGÍTIMA DEFESA EM LIVRO

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 (Formação ministrada a parte da FT do 10 BPM/I) Acaba de sair um livreto meu sobre legítima defesa. Tem por título “Um oportuno manual a favor da legítima defesa: com exemplos práticos e considerações legais e morais” (Ed. Ixtlan). Seu objetivo é alertar as pessoas sobre esse direito – e para alguns (pensemos, de modo especial, nos policiais) um dever – de se defender, defender o próximo e proteger os bens mais preciosos, imateriais e materiais, seus ou de outros. Parto de um ponto bem assente: o   Código Penal , no seu artigo 25, define a legítima defesa e as condições para que ela ocorra. O cidadão de bem pode (e, em alguns casos, deve) se valer desse artifício lícito para repelir – inclusive por meio de armas, se for o caso –, injustos agressores seus, de terceiros ou de sua legítima propriedade. Cabe, no entanto – antes de tratar da legítima defesa –, uma palavra sobre outros pontos da excludente de ilicitude: o estado de necessidade e o estrito cumprimento de dever legal ou o e

PRELEÇÕES AOS POLICIAIS MILITARES

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  (Foto colhida no Instagram do 10º BPM/I) Entre os dias 24 de março e 4 de abril último, estive com policiais militares do 10º BPM/I para preleções sobre um tema muito atual: Transtornos psíquicos e Psicopatia. Falei aos PMs – oficiais e praças – que atuam no próprio Batalhão, na Companhia de Força Tática e nas outras três Companhias existentes na cidade: a 1ª, a 4ª e a 5ª. Desejo, pois, trazer este fato aos leitores. Distinguir bem – de modo didático, firme e claro – o que são transtornos psíquicos e o que é a psicopatia faz-se algo ímpar aos policiais militares. Sim, fora de toda a boa formação já trazida pelo policial, ela oferece uma visão abrangente na sua atuação. Deste modo, a primeira parte da fala (mais breve) foi sobre os transtornos psíquicos com ênfase naqueles que levam o indivíduo a romper com a realidade objetiva para se refugiar no seu mundo subjetivo, portanto distorcido. Já a segunda parte (um pouco mais extensa) versou sobre o psicopata e suas grandes característi

SERMÃO DO DESCENDIMENTO DA CRUZ

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  O Sermão do Descendimento da Cruz acontece após a ação litúrgica da Paixão do Senhor ou após a Via Sacra ou mesmo antes de iniciar a procissão com o Senhor morte como é tradição em muitas comunidades. Relembramos por um momento o que José de Arimatéia fez, ao tirar o corpo do Senhor da Cruz. Recordo que   nesse dia a coleta que se faz se destina aos lugares santos, com todos os trabalhos sociais, educacionais e de conservação dos locais e acolhimento de peregrinos. Além do sermão proferido pelo sacerdote, esse momento na medida do possível é encenado, usa-se uma Cruz própria ou algum paroquiano encena. À medida que se encena dá mais vivacidade para o momento. Normalmente é feito num lugar alto, na frente ou dentro da Igreja para que todos os fiéis possam ver e participar. A Sexta-Feira Santa é um dia de reflexão e recolhimento, além de jejum e abstinência. Por isso, ao longo da Sexta-Feira é importante viver esses momentos de oração para enriquecer a nossa espiritualidade. A Sext

SEGURANÇA ESCOLAR EM FOCO

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  (Capa do livro) Desejo, aqui, apresentar e comentar a obra Segurança escolar: prevenção multidisciplinar contra ataques ativos , recém-lançada pela Editora Ícone. Escrita por dois oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o Coronel PM Valmor Saraiva Racorti e o Capitão PM Adriano Enrico Ratti de Andrade, tem o livro um teor muito importante para educadores, pais, policiais militares, guardas civis municipais, seguranças particulares etc. Afinal, é a palavra de verdadeiros especialistas, pelo front e por cursos altamente específicos (e não de meros teóricos), sobre esse tipo de evento: ataques ativos em escolas. Aqui, já vem uma questão básica: Que se entende por ataque ativo? É a ocorrência que se dá “quando um ou mais indivíduos tentam ativamente matar o maior numero de pessoas aleatoriamente em um espaço público. Esses eventos incluem ataques com veículos, facas e quaisquer outras situações em que a preocupação primária é uma tentativa de homicídio em massa” (p. 58). Po

A QUEM INTERESSA TRANSFORMAR POLICIAIS EM DEMÔNIOS?

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         Há poucos dias, foi divulgada uma pesquisa afirmando que aproximadamente 70% da população brasileira não confia na Polícia. Logo depois, o Soldado PM Cosmo, da ROTA, foi assassinado no cumprimento do dever, como prenúncio de mais uma série de ataques e mortes de integrantes das forças de segurança. Estas mortes obrigaram uma resposta do Poder Público. Foi iniciada a Operação Escudo, com a finalidade de localizar e prender os infratores envolvidos; eles são desprovidos de qualquer traço de respeito às leis ou à vida de quem quer que seja, inclusive às suas próprias. Obviamente que tais marginais dificilmente (para não dizer impossível), são convencidos, por palavras, a não continuarem seus atos criminosos e têm sede de confronto com as autoridades públicas protetoras da lei e das pessoas de bem. Claro que, por consequência disso, inúmeros confrontos ocorreram e baixas em ambos os lados começaram acontecer. Quase imediatamente, os “Doutos” defensores das pobres vítimas da desi

GUERRA NA BAIXADA

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  (Foto ilustrativa) O atual confronto entre o Estado oficial, por meio de suas forças policiais, e o “estado paralelo”, através de criminosos altamente perigosos, na Baixada Santista, tem chamado a atenção e alguns já classificam esse embate sangrento como uma guerra. No meu modesto entender, o referido enfrentamento é, sem entrar nos seus detalhes, fruto de uma luta por espaço. Durante décadas, bandidos poderosos agiram naquela importante região portuária sem, talvez, serem muito incomodados e, assim, se fortaleceram grandemente. Ora, hoje, o Governo estadual parece desejar, de certo modo, retomar o controle desse território perdido, ao menos em partes, para ladrões, traficantes, assassinos etc. que, mesmo sendo minoria, submetem aos seus malévolos desejos pessoas honestas e trabalhadoras que ali vivem ou sobrevivem. Do que foi afirmado, pode-se dizer que há, na Baixada, o velho, intrigante e debatido problema do mal. Daí a questão: Que é o mal? – De modo genérico, respondo que o mal

DROGAS ILÍCITAS, CONSUMO, TRÁFICO E TRAFICANTES

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O uso de drogas ilícitas movimenta muito dinheiro no mundo e desgraça centenas de milhares de seres humanos que delas se tornam dependentes. Eis a importância de, à luz da doutrina católica, tratarmos do assunto neste artigo. Diz o Catecismo da Igreja Católica n. 2291: “O  uso da droga  causa gravíssimos danos à saúde e à vida humana. Salvo indicações estritamente terapêuticas, constitui falta grave. A produção clandestina e o tráfico de drogas são práticas escandalosas; constituem uma cooperação direta com o mal, pois incitam a práticas gravemente contrárias à lei moral”. Comentemos. “O  uso da droga  causa gravíssimos danos à saúde e à vida humana”. Sim, não é de se crer que haja uma pessoa de bom-senso que possa, com base em dados seguros, negar os diversos males das drogas não só a quem as usa, mas também aos que convivem com o adicto. A chamada codependência (transtorno emocional típico de familiares ou demais pessoas próximas do dependente), afeta a muitos e causa desajustes