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Mostrando postagens de maio, 2020

ANTE A PANDEMIA: A DESOLAÇÃO E A FÉ

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O Papa Francisco reza diante do Cristo Milagroso A Desolação O Cristo Milagroso que extinguiu a epidemia Em 1522, uma epidemia pior que a do coronavírus assolou Roma durante seis meses. Os religiosos da Ordem dos Servitas de Maria retiraram da igreja de São Marcelo o Crucifixo Milagroso e o esconderam em seu convento. Mas o desespero atingiu tal clímax, que a população os obrigou a fazer uma procissão penitencial até a basílica de São Pedro. Essa procissão se prolongou por 16 dias, pois à medida que o crucifixo avançava os doentes iam sendo curados. Quando a imagem de Cristo retornou, a epidemia estava extinta. Seria esta uma boa lição, a ser imitada pelos dirigentes eclesiásticos em nossos dias. É bem o contrário disso que estamos vendo. Pois esse mesmo Crucifixo Milagroso foi levado no dia 27 de março à Praça de São Pedro. Mas não houve procissão nem curas milagrosas, apenas uma desoladora bênção para a qual o Papa Francisco nem sequer convocou o povo romano. Por ra

CONTEMPLAÇÃO E SACERDÓCIO: A OBRA APRECIADA POR PAULO VI

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      A Editora Molokai, de São Paulo, acaba de lançar o precioso livro Contemplação e sacerdócio , de Dom Jean-Paul Galichet, monge cartuxo francês, atualmente na Cartuxa Notre Dame de Coreia, na Coreia do Sul.        A primeira edição dessa oportuna publicação apareceu, em Roma, em 1965, na  Angelicum  (XLII, p. 463-488), com o título, em francês, Contemplation et sacerdoce , assinada por “Um contemplativo”. Mais tarde, um padre dominicano acrescentou algumas notas de erudição às originais do autor. Em sua publicação pela Grande Cartuxa, em 2008, revelou-se seu autor: “Dom Jean-Paul Galichet, Professo de Chartreuse”. Em 2016 e, depois, em 2019, na Cartuxa de Maria Medianeira (Ivorá/RS) – com a aprovação de seu autor, seguindo a edição original –, foi preparada uma aprimorada edição em espanhol com o acréscimo de novas notas que ilustram a obra com textos recentes do Magistério da Igreja e dos  Estatutos Cartusianos  (aprovados pela Santa Sé em 1991), nos quais se faz refer

CARTA ABERTA AO SR. PREFEITO DE SANTO ANTÔNIO DE POSSE

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Santo Antônio de Posse, 23 de maio de 2020. A Vossa Excelência Norberto de Olivério Júnior, Conquanto que “nas relações humanas, sempre existe a possibilidade de antipatias ou julgamento sobre competências.” (cf. Plus, Raoul. A arte do aconselhamento . São Paulo. p. 16) venho com um desejo sincero de impelir Vossa Excelência a tomar decisões cabíveis nestes momentos em que nos encontramos numa singular dificuldade “entre a cruz e a espada”. Peço-vos postura, transparência e principalmente autenticidade tratando dos fatos que constantemente nascem em nossa cidade de Santo Antônio de Posse (SP). De modo algum, quero expor minha opinião sobre suas últimas decisões, pois uma realidade é aconselhar o prefeito, outra realidade é ser o prefeito.  Por isso, ressalto que “a ciência se constitui apenas de coisas compreendidas, mas compreendidas de tal modo que qualquer um exerça não erre nem deva hesitar frente à pressão de qualquer adversário.” ( Hipona, Agostinho de . Contra

A COVID-19 E O FIM DO MUNDO...

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A pandemia da Covid-19 despertou em alguns segmentos da sociedade previsões de que a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo estão se aproximando. Que dizer? Em primeiro lugar, que o verdadeiro católico não se importa com tais previsões alarmistas. E por que não? – Porque elas não têm fundamento algum. Com efeito, é de fé que o Senhor Jesus virá de novo, como professamos no Credo, para julgar os vivos e os mortos. Devemos, portanto, estar sempre preparados espiritualmente (cf. Mt 24,44; 25,13; Mc 13,33-37); mas, ninguém sabe qual será esse dia e essa hora (cf. Mc 13,32; At 1,7). Portanto, quem prevê o fim do mundo – por ignorância ou má-fé (só Deus poderá julgar!) – fala sem saber o que diz. Aos pregadores católicos a Igreja exorta: “Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão incumbidos da pregação, que, de modo nenhum, presumam afirmar ou apregoar determinada época para os males vindouros para a vinda do anticristo ou para o dia do juízo. Com efeito, a Verdade