OS FIÉIS CATÓLICOS MARONITAS: QUEM SÃO?

 

(Dom Edgard Madi e o Papa Francisco. Ao fundo, a catedral Nossa Senhora do Líbano em São Paulo)

        Queremos apresentar, a seguir, sem pretender ser exaustivos, alguns aspectos mais salientes da vida dos fiéis católicos maronitas que estão em plena comunhão com Roma. São, portanto, obedientes ao Santo Padre, o Papa, em tudo, embora possuam – em legítima comunhão com a mãe Igreja – um rito litúrgico que inclui, é certo, costumes disciplinares próprios, conforme veremos nos tópicos que compõem este artigo.

 

***

 

            1. Breve retrospecto histórico

 

Os maronitas nasceram com São Maron (ou Maroun[1]), eremita[2] falecido por volta do ano 410. Viveu ele, junto a outros anacoretas, em uma montanha da Síria setentrional (hoje Aal’at Kalota).


Seus discípulos construíram, naquela região, vários mosteiros e ganharam, assim, destaque ao participarem dos Concílios regional de Constantinopla (536), e do ecumênico (universal) de Constantinopla II (553), assinando suas respectivas atas.


Dito isto, notamos que, em volta desses mosteiros, foram surgindo comunidades paroquiais ou mesmo paróquias. Os monges, sacerdotes ou irmãos, aí presentes deviam obediência ao patriarca de Antioquia, na Síria, mas não concordavam em tudo com ele, especialmente no que dizia respeito à Liturgia. Por isso, têm, segundo veremos no item 3 deste artigo, um rito[3] próprio.


Cabe aqui, a título de sadia curiosidade aos leitores, trazer um dado interessante: No Concílio de Calcedônia, em 451, os fiéis ligados a São Maron – futuros maronitas –, ao contrário de alguns outros pequenos grupos cristãos, deram total obediência à decisão conciliar, isto é, professaram (e professam, é certo), com a Igreja inteira, que há em Cristo uma só pessoa – a divina – mas com duas naturezas: a divina, que sempre foi sua, e a humana, assumida, no seio da Virgem Maria, na plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4). Por que tal dado é deveras importante? – Para demonstrar que não seguiram os hereges monofisistas a ensinarem haver em Cristo uma só pessoa e uma só natureza: a divina.


Esse pequeno, mas importante grupo de fiéis criou certa autonomia, de modo que, já na primeira metade do século VIII, estava bem consolidado. Sempre ligado a Roma, ainda que com muitas dificuldades nos contatos recíprocos, foi, em 745/746, forçado a obedecer ao patriarca bizantino Teofilacto e à sua Sé. Houve, no entanto, resistência. Eis porque esses monges continuaram, por conseguinte, a nomear seus bispos apenas entre os clérigos do mosteiro de São Maron.


A história seguiu e antes mesmo da invasão islâmica, no século VI, tais fiéis foram – por pressão – obrigados a deixar a Síria. Transferiram-se, então, para o Líbano e para a ilha de Chipre, junto com grande parte da população que habitava próxima do mosteiro. No século XI, o mosteiro sírio foi totalmente destruído pelos muçulmanos.


Fixados no Líbano, os maronitas se refugiaram em uma alta montanha e aí formaram um povo bem estruturado ao redor do mosteiro recém-construído. À frente da comunidade, estava o Abade-Patriarca com seus bispos auxiliares. Ressalte-se ainda, como um ponto digno de nota, que, a partir de 1440, os Patriarcas maronitas passaram a viver em uma gruta de difícil acesso: Wadi Qadisha (Vale Santo), no próprio Líbano.

 

            2. Na doutrina, ininterrupta fidelidade a Roma

 

Embora sempre tenham mantido incondicional fidelidade a Roma, os maronitas foram, de modo errôneo, acusados de cederem à heresia monotelita. Tal doutrina herética – herança do monofisismo condenado pelo Concílio de Calcedônia, em 451 –, ensinava haver em Cristo uma só vontade: a divina. Ora, o Concílio de Constantinopla III (680/681) censurou esse erro e reafirmou existir no Senhor duas vontades, a divina e a humana, ainda que esta esteja plenamente subordinada àquela.


Daí a questão: Por que os maronitas foram acusados de favorecedores dessa heresia e como refutar a acusação? – É Dom Estêvão Bettencourt, OSB, afamado teólogo brasileiro, quem nos oferece a resposta: “Nos antigos livros maronitas, encontra-se, sim, a afirmação de uma só vontade em Cristo, não por ausência de vontade humana, mas porque o querer humano de Jesus se submetia sempre ao querer divino. Tais escritos poderiam ter sido mais explícitos: professavam união moral das duas vontades em Cristo, e não a extinção da vontade humana. É de notar, aliás, que somente em 1099 os maronitas puderam tomar conhecimento da definição do Concílio de Constantinopla III (680/681); logo que a conheceram, professaram a existência de duas vontades físicas em Cristo. Portanto, não se deve falar de conversão dos maronitas[4]” (Pergunte e Responderemos, n. 385, p. 283).


No aspecto da espiritualidade, os maronitas herdaram a tradição síria oriental que leva muito a sério as fontes bíblicas, litúrgicas e patrísticas[5], além da ascese[6] que sempre foi assaz rigorosa para os eremitas, mas abrandada aos leigos. Pode-se dizer que, no século XVI, aspectos da espiritualidade latina passaram a influenciar também o patrimônio dos herdeiros de São Maron. Isto ocorreu, em parte, porque os alunos do Colégio Maronita de Roma, fundado em 1584, traduziram para o árabe e adaptaram ao seu estilo de vida obras clássicas do Ocidente tais como A imitação de Cristo, o Catecismo de São Roberto Belarmino, o Catecismo Romano, os Exercícios Espirituais, de Santo Inácio de Loyola, obras de Santa Teresa d’Ávila etc.


E mais: no século XIX, vivendo lado a lado com os maronitas, religiosos e religiosas ocidentais legaram-lhes várias devoções medievais e modernas. Assim, é hoje comum que também estes nossos irmãos rezem a Via-Sacra, sejam devotos do Sagrado Coração de Jesus, usem o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, venerem alguns santos do Ocidente, realizem procissões, façam adoração ao Santíssimo Sacramento, cultivem mais intensamente a devoção mariana no mês de maio etc. Aliás, desde o final do século XVI, o Rosário já fazia parte da piedade maronita.


Vê-se, assim, uma bela troca entre o Oriente e o Ocidente. Daqui, hauriram certas práticas religiosas que não conheciam e, de lá, nos transmitiram muitas riquezas piedosas e doutrinárias. Isto sem falar no grande presente que nos legaram: São Charbel Makhlouf, o primeiro católico oriental canonizado e cuja vida é cada vez mais difundida entre nós. Isto se deu, em 1977, no pontificado do Papa São Paulo VI.

 

            3. Liturgia e celibato opcional aos diáconos e sacerdotes

 

A Liturgia Maronita pertence ao grupo dos antioquenos[7] ocidentais, seguidores da tradição litúrgica de São Tiago de Jerusalém, mas com adaptações à liturgia latina, e tem amplo destaque por conservar a antiguidade, a simplicidade e a profundidade poética de outrora. Independentemente do idioma em que a Missa é celebrada, as palavras da consagração são sempre proferidas em aramaico[8], a língua de Jesus.


Nota-se ainda, dentre os aspectos próprios da Liturgia Maronita, cinco pontos: 1) A Sagrada Escritura é utilizada sem mediações filosóficas como ocorrem nas tradições grega e latina. Também não se vale da tradição bizantina (mais voltada à glória de Cristo) nem da latina (muito centrada na humanidade do Senhor), mas busca um meio termo entre ambas: o divino e o humano de Cristo aí se entrelaçam[9]. 2) Tem um estilo agradavelmente poético e patrístico, dado que grande parte de suas orações – conservadas pelos monges de São Maron – foram ordenadas por Santo Efrém, a “harpa do Espírito Santo”, e por Jacob de Sarug, que, para tal, reuniram trechos poéticos da Escritura. 3) A Liturgia é “sacramento do povo de Deus” caminhante; portanto, o acompanha em todos os momentos da existência. É o início e a consumação de toda a vida cristã. 4) Uma vez que a cultura oriental é fundamentalmente a “civilização da Palavra” e do livro, uma renovação eclesial só pode ser entendida a partir da renovação do Missal. 5) A Missa tem um caráter mais popular e dialogado. É um sacrifício de toda a assembleia que dele participa em contínuo diálogo com o presidente da Celebração e por meio de aclamações diversas, o que remete aos costumes dos primeiros cristãos.


Cabe notar que, como todas as Igrejas orientais ligadas a Roma ou cismáticas[10], o celibato dos diáconos e sacerdotes é, desde longa tradição, opcional. Entretanto, o bispo tem de ser escolhido apenas entre os sacerdotes celibatários. Sem desejar discutir o tema, que foge ao objetivo deste artigo, citamos, a propósito, o Catecismo da Igreja Católica, no seu número 1580, que, depois de tratar do celibato a vigorar na Igreja latina (cf. n. 1579), diz: “Nas Igrejas orientais, está em vigor, há séculos, uma disciplina diferente: enquanto os Bispos só são escolhidos entre os celibatários, homens casados podem ser ordenados diáconos e padres. Esta praxe é considerada legítima há muito tempo: esses padres exercem um ministério muito útil no seio de suas comunidades (Presbyterorum ordinis, 16). O celibato dos presbíteros, por outro lado, é muito honrado nas Igrejas orientais, e são numerosos os que o escolhem livremente, por causa do Reino de Deus. No Oriente como no Ocidente, aquele que recebeu o sacramento da Ordem não pode mais casar-se”. Eis porque há entre os maronitas os clérigos celibatários e também os casados[11].

 

            4. A marca santa do martírio[12]

 

Cumpre observar que os maronitas sempre deram santo exemplo de como manter a fé inabalável e sem capitulação ante os adversários de Cristo, mesmo nos momentos das mais atrozes perseguições e martírios. Pode-se dizer, com plena certeza, que estes nossos irmãos e irmãs bem souberam o que é tomar a cruz e seguir o Senhor sem olhar para trás (cf. Lc 9,23.62). Merecem, pois, toda a nossa admiração.


Citemos, a título de ilustração, apenas alguns exemplos (a lista é imensa!) que nos levam a pensar como é testemunhar o Senhor Jesus em condições enormemente adversas. Serão, sem dúvida, de grande ânimo a cada irmão ou irmãs que, nos nossos dias, passa por não poucas nem pequenas provações das mais variadas naturezas por causa da fé em Cristo na sua santa Igreja.


Lê-se, em um relato dirigido aos Papas Hormisdas (517) e Agapito (518), bem como aos bispos da Síria Secunda[13], sobre o massacre de 350 monges maronitas praticado pelos monofisistas: “Quando íamos ao mosteiro de São Simeão para atender à causa da Igreja, os malvados nos prepararam uma emboscada; precipitando-se sobre nós no caminho, mataram, ainda junto aos altares, aqueles que lá se refugiaram. Incendiaram mosteiros, enviando de noite homens sediciosos e subornados por dinheiro, que levaram o pouco neles existentes” (Mansi, Sacrorum Conciliorum, t. VIII, 425-429).


O Patriarca Simon Bar-David, em 08/03/1514, escrevia ao Papa Leão X esta mensagem: “Pedimos a Deus que, em vossos dias, sejamos libertados da jurisdição dos infiéis que nos devoram, nos acabrunham e nos sobrecarregam com impostos pesados demais e perseguições, golpes e bofetadas” (Pergunte e Responderemos, n. 385, p. 286). Lembremo-nos, como dito, de que morticínios diversos ocorreram ao longo da história, fazendo numerosas vítimas, desde Patriarcas, sacerdotes, religiosos(as) até leigos(as). 


A título de conclusão, mais um relato vem ao caso: “Em 10/09/1983, em Bireh, os algozes colocaram num caminhão todos os fiéis que encontraram e os levaram para a igreja, onde os degolaram; sobre o altar degolaram e queimaram o sacristão e outro fiel leigo...” (idem, p. 288).

 

            5. Grandes cooperadores da mãe Igreja

 

Este tópico se abre com uma constatação de Dom Estêvão Bettencourt, OSB. Escreve, com efeito, o célebre monge carioca: “Depois que se estabeleceram no Líbano em meados do século X, ocupando principalmente as regiões de mais difícil acesso, os maronitas foram levados a desempenhar um papel importante na formação do Líbano independente. Por estarem em lugar elevado, quase inexpugnável, gozaram de liberdade e puderam exercer certa liderança sobre outras populações, cristãs ou não, que se estabeleceram no Líbano”.


E continua: “É preciso lembrar que algumas comunidades de cristãos orientais se separaram da Igreja nos séculos V/VII por ocasião dos litígios teológicos a respeito da SS. Trindade e de Jesus Cristo: são os nestorianos (contrários ao Concílio de Éfeso, 431), os monofisistas (contrários ao Concílio de Calcedônia, 451), os monotelistas (contrários ao Concílio de Constantinopla III, 680/1) e os ortodoxos separados em 1054. Acontece, porém, que segmentos dessas comunidades cismáticas quiseram retornar ao seio da Igreja em época moderna; são, por isso, chamados de uniatas. Ora, os maronitas os ajudaram e protegeram, pois não foram bem vistos pelos irmãos que não deram o mesmo passo. [...] Pode-se dizer, sem hesitação, que o Líbano cristão é obra dos maronitas; isso explica muitos fatos da história civil e religiosa do Líbano” (Pergunte e Responderemos, n. 385, pp. 284-285, incluindo a nota 1 de rodapé).


Sem dúvida, os melquitas (com Cirilo IV Thanas), os armênios (com Abraham Arzivian), os sírios (com Michael Jaroué), os caldeus (com Gabriel Dambo), os coptas (muito apoiados pelos maronitas Estêvão Aouad e José Assemani) retornaram à plena comunhão com Roma pela graça divina que agiu por meio dos maronitas. Isto sem falar que estes cristãos muito ampararam as várias Congregações religiosas masculinas e femininas do Ocidente que se estabeleceram no Oriente.


No aspecto religioso-cultural mais genérico, cabe dizer que foram os maronitas os primeiros a conseguirem do sultão mameluco[14] az-Zaler Saif ad-Din Barqoq (1382-1398) a licença para o uso de sinos no Oriente. E tal privilégio perdurou durante muitos anos, o que demonstra o respeito conquistado ante grandes inimigos da Igreja. É também por obra desses clérigos, religiosos e leigos de São Maron que uma rede de escolas foi se formando no Líbano e nas demais regiões em que os maronitas se encontravam. Membros desses estabelecimentos de ensino cooperaram no famoso renascimento (Nahda) árabe do século XIX.


Sejam mencionados, por fim, dois grandes feitos maronitas para a cultura geral: a primeira tipografia árabe de todo o Oriente Próximo nasceu no mosteiro de Qozhaya, no Vale Santo, perto da residência do Patriarca, por volta de 1585, e o primeiro livro a ser aí impresso foi o Saltério de Davi. O Colégio Maronita de Roma muito estimulou o estudo do Orientalismo, permitindo que, em seu seio, fossem educados vários dos grandes nomes do saber religioso e profano europeu, sobretudo entre os séculos XVII e XVIII.

 

            Conclusão


Possam os dados aqui oferecidos levar cada leitor(a) a melhor conhecer e admirar o exemplo dos nossos irmãos e irmãs maronitas na sua fidelidade a Deus em Sua Igreja.

 

            Fontes

 

Dom Estêvão Tavares Bettencourt, OSB. No Líbano, os maronitas. Pergunte e Responderemos n. 385, junho de 1994, pp. 281-288.


Eparquia maronita no Brasil. História dos Maronitas.

https://www.igrejamaronita.org.br/conteudos/?eFh4fDExNQ==, acesso em: 15/10/2025 [Rica fonte de informações].


Vanderlei de Lima, autor do artigo, é eremita de Charles de Foucauld. Traduziu a obra São Charbel Makhlouf (Cultor de Livros).


Revisão: Dom Edgard Madi, eparca maronita no Brasil, e Prof.ª Thamara Rissoni.



[2] Eremita é um termo que vem de eremus ou ermo; designa aquele que habita só. É o mesmo que anacoreta (o que reza sem formar coro com os demais irmãos).

[3] Por rito entendemos “o conjunto de usos e normas culturais, jurídicas, administrativas... que costumam acompanhar determinada família litúrgica” (Dom Estêvão Bettencourt, OSB. Curso de Liturgia. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 1989, p. 71).

[4] É certo que os fiéis maronitas não podem ser tidos como hereges, uma vez que desconheciam a definição dogmática do Concílio de Constantinopla III (680/681). Tão logo dela tomaram conhecimento, deram-lhe sua adesão incondicional.

[5] O termo se liga aos Padres da Igreja. “São escritores (não necessariamente presbíteros ou bispos) que nos primeiros séculos contribuíram para a exata elaboração e a precisa formulação das verdades da fé em tempos de debates teológicos com escolas heréticas” (Dom Estêvão Bettencourt, OSB. História da Igreja. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2012, p. 16).

[6] É uma palavra grega (áskesis) que significa exercício. Especialmente o treinamento do atleta para competir nas Olimpíadas ou do soldado convocado à guerra. Ora, os cristãos adotaram essa palavra para designar os exercícios ou práticas de autodomínio a fim de estarem “em forma” nas horas de combate contra as provações que nos atacam cotidianamente.

[7] Por referência ao Patriarcado de Antioquia. O patriarca católico maronita de Antioquia, eleito por seus bispos, governa, em comunhão com o Santo Padre, o Papa, os fiéis maronitas em todo o mundo.

[8] Originalmente, a língua dos filhos de Aram (cf. Gn 10,22). No Oriente antigo, era o idioma diplomático, a partir do século V a.C. Depois do exílio da Babilônia, os judeus a adotaram como língua corrente. Assim, ficou o hebraico apenas reservado ao culto sagrado. Jesus e seus discípulos, no dia a dia, falavam aramaico (cf. Dom Estêvão Bettencourt, OSB; Maria de Lourdes Corrêa Lima. Curso Bíblico. 2ª edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2016, p. 19). Hoje, essa língua é ainda falada por comunidades isoladas da Síria, especialmente as cristãs.

[9] Isto nos lembra a chamada Cristologia descendente (que vem do divino para o humano) e a ascendente (a partir do humano para o divino). Quer a Liturgia maronita, como dito, ser um ponto de equilíbrio entre ambas.

[10] Cismáticas são comunidades cristãs que, embora não recusem as grandes verdades da fé católica (se o fizessem seriam heréticas), não estão em plena comunhão com Roma.

[11] Há quem levante a seguinte indagação: É necessário ter ascendência libanesa para ser sacerdote no rito maronita? – A resposta é negativa. Todo aquele que preencha os devidos requisitos pode, após a necessária preparação feita no Brasil mesmo, tornar-se sacerdote no rito maronita.

[12] Ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 2473): “O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Enfrenta a morte num ato de fortaleza. ‘Deixai-me ser comida das feras. É por elas que me será concedido chegar até Deus’ (Santo Inácio de Antioquia, Rom 6,1)”.

[13] Referência a uma divisão criada por volta do ano 415 da nossa era com fins políticos-administrativos.

[14] Designa um soldado escravo, via de regra de origem turca, caucasiana ou eslava, comprado pelo Islã e por ele treinado a fim de formar com outros companheiros uma elite militar. Alguns chegaram a ter certo poder, como parece ser o caso do referido sultão (um tipo de príncipe maometano).

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