SALVO POR UM PM DA ROTA
(Foto ilustrativa)
Recebemos, há
poucos dias, a narrativa de uma ocorrência policial na qual um vendedor de 32
anos de idade, foi vítima de assalto à mão armada. Os criminosos atiraram nele a
sangue frio e só não o assassinaram porque um valoroso policial da Rota – Cabo
PM Santino – agiu rápido. Este artigo expõe o fato e o comenta.
Eis, com ligeiras adaptações de
linguagem, o agradecimento que a vítima do roubo frustrado dirigiu, via e-mail,
à Rota: “Boa tarde! Venho através deste e-mail expressar minha gratidão ao Cabo
Santino, que com sua bravura salvou a minha vida”.
“Na
noite do dia 26/11, estava voltando do trabalho com minha moto e fui
surpreendido por dois marginais, os mesmos queriam levar minha moto e simplesmente
abriram fogo contra mim, eu com o susto acabei caindo na rodovia Mario Covas –
cidade de Poá-SP. Nesse instante,
o anjo da guarda Cabo Santino estava voltando do seu trabalho, e, no mesmo
momento, interveio, não medindo esforço em salvar minha vida, no momento
em que o ladrão iria disparar novamente em mim, pois o mesmo havia apontado a
arma para minha cabeça. [Então,] o Cabo Santino, chamou a atenção toda para ele
colocando a própria vida em risco por uma pessoa que ele nem conhecia que era eu
[...], idade 32 anos, profissão vendedor.”
“O
mesmo abriu fogo contra os bandidos salvando a minha vida. Sou grato,
primeiramente, a Deus e, em segundo, ao Cabo Santino por ter me devolvido a
vida. Peço a Deus que haja mais homens com essa bravura, pois ele não salvou
somente uma vida mais, sim, uma família. Este acontecimento está relatado no
Boletim nº xxxx/2018”. A ocorrência sugere comentário.
O
que muito se destaca é o ato de nobreza do trabalho de um dedicado policial
militar (PM). Ele arrisca – ou mesmo entrega – a própria vida para salvar a do
semelhante. Vive as palavras de Cristo no Evangelho: “Ninguém tem maior prova de amor do que aquele que dá a vida
pelo irmão” (Jo 15,13). A doutrina católica apoia, totalmente, esse
trabalho do policial. Aliás, não só dele, mas de qualquer pessoa que reage a um
injusto agressor, inclusive eliminando-o, se preciso for.
Sim,
aquele que assim procede não é culpado de homicídio, pois, no caso, é o
criminoso quem procura seu próprio fim. Diz o Catecismo da Igreja Católica: “A defesa legítima das pessoas e
das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente que constitui
o homicídio voluntário. Do ato de defesa pode seguir-se um duplo efeito: um, a
conservação da própria vida; outro, a morte do agressor. Nada impede que um ato
possa ter dois efeitos, dos quais só um esteja na intenção, estando o outro
para além da intenção” (n. 2263).
Mais:
“O amor para consigo mesmo permanece um princípio fundamental de moralidade. É,
portanto, legítimo fazer respeitar o seu próprio direito à vida. Quem defende a sua vida não é réu de
homicídio, mesmo que se veja constrangido a desferir sobre o agressor um golpe
mortal: ‘Se, para nos defendermos, usarmos duma violência maior do que a
necessária, isso será ilícito. Mas se repelirmos a violência com moderação,
isso será lícito [...]. E não é necessário à salvação que se deixe de praticar
tal ato de defesa moderada para evitar a morte do outro: porque se está mais
obrigado a velar pela própria vida do que pela alheia’” (n. 2264. Itálico
nosso).
“A legítima
defesa pode ser não somente um direito, mas até um grave dever para aquele que
é responsável pela vida de outrem. Defender o bem comum implica colocar o
agressor injusto na impossibilidade de fazer mal. É por esta razão que os detentores legítimos da autoridade têm o
direito de recorrer mesmo às armas para repelir os agressores da comunidade
civil confiada à sua responsabilidade” (n. 2265. Itálicos nosso).
Em
suma, toda pessoa tem o direito à
legítima defesa, e quem é responsável pela vida de terceiros (pais, policiais, seguranças
etc.) possui o dever de frear o
infrator, de modo letal ou não. Conforme a ação, é a reação. Parabéns ao cabo
PM Santino!
Vanderlei
de Lima é filósofo (PUC-Campinas), especialista em Psicopedagogia (UNIFIA) e
eremita na Diocese de Amparo, SP.
Deixo meu muito obrigada... A sociedade agradece....obrigada por vc me defender sem ao menos me conhecer...obrigada por vc não desistir d nos para que com sua bravura está lutando ao lado de nos sociedade do bem trazer nosso país com mais dignidade...👏👏👏
ResponderExcluirParabéns pela ação ! Mesmo fora do horário de serviço ainda sim age como ser humano tentando fazer o seu papel de proteger quem esteja em perigo, corajoso em colocar a vida em risco mas um profissional bem treinado sabe agir em um momento desse ! Parabéns mais uma vez
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