UM ALERTA PREOCUPANTE À SEGURANÇA PÚBLICA

 

Na última semana, houve, na querida e simpática cidade de Amparo, mais um daqueles fatos tenebrosos, que tanto afligem a “cidade grande”. Cinco indivíduos (para não dizer marginais), foram presos em flagrante pela eficiente GCM de Amparo, enquanto praticavam um roubo à residência, mantendo os moradores, inclusive, como reféns. Talvez, tal situação tão comum nos noticiários, geralmente passe até mesmo despercebida, mas deveria inspirar grande reflexão na sociedade como um todo.


Vejamos alguns pontos importantes, começando pela origem dos roubadores, os quais declararam ser da cidade de São Paulo, distante um bom “par” de quilômetros, e que demostra que o crime é nômade. Desconsidera fronteiras e, pior, mostra que os mal-intencionados se valem de uma das características mais típicas das cidades interioranas, a tranquilidade, a baixa preocupação e o consequente cuidado de seus moradores para cometer um dos mais vis crimes, a violação do sagrado lar das pessoas do bem. Outra questão preocupante é a ousadia em fazê-lo com a utilização de um veículo com placas adulterados, evidenciando a pouca preocupação em serem identificados e presos. Afinal, por que temer tal prisão, se no nosso país é comemorada a liberação de 50% dos detidos em flagrante nas audiências de custódia? 


No caso citado, os elementos portavam simulacros de arma de fogo, mas isso não os torna menos agressivos, a ponto de um deles, durante a abordagem dos heroicos guardas, tentar intimidá-los, fazendo menção de que iria atirar, deixando evidente o quanto estão dispostos ao “tudo ou nada”, contra a atuação dos mantenedores da Lei.



Finalmente, é importante dizer, que tais fatos deixam patente, um dos maiores desafios modernos: a manutenção das Forças de Segurança no mais alto nível de capacitação e motivação, pois, como vemos todos os dias, o crime só se avoluma, com a expressa condescendência da sociedade e de quem deveria instituir e aplicar os freios jurídicos capazes de pará-lo, enquanto as Forças de Segurança são cada vez mais desmoralizadas. Somente formação e treinamento de alta qualidade pode fornecer a proteção técnica necessária para a difícil defesa da sociedade no contexto atual, em que estes profissionais têm de estar prontos para lidar com qualquer situação, desde casos como o ocorrido, passando por indivíduos com perturbações mentais e psíquicas, até as de cunho social.

 

LUIZ ROBERTO MORAES, Tenente Coronel Reserva da PMESP e Mestre em Ciências Policiais e da Ordem Pública

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