A MEDALHA MILAGROSA

 

A bandeira da União Europeia possui 12 estrelas douradas que formam um círculo sobre um fundo azul. Essa bandeira criada pelo designer francês católico Arsène Heitz ganhou uma competição para a escolha do símbolo maior da UE. Perguntado de onde ele havia tirado essa ideia, Heitz respondeu que se inspirara na “Medalha Milagrosa” que ele usava no pescoço. Trata-se de uma medalha que foi mandada cunhar por Nossa Senhora quando apareceu a Santa Catarina Labouré em 1830. A Virgem Maria havia pedido que a freira colocasse as 12 estrelas na medalha, representando as estrelas da coroa usada pela mulher mencionada no capítulo 12 do livro do Apocalipse: “Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas”.

Arsène Heitz só revelou a origem bíblica do símbolo depois de a bandeira ter sido adotada oficialmente pelo Conselho Europeu em 1955. Ele insiste que o número 12 foi utilizado para simbolizar a sabedoria antiga, sendo um símbolo de perfeição. Esta interpretação e o número foram confirmados pelo tratado constitucional europeu. E a Comunidade Europeia (CE) adotou-a em 1986. A União Europeia (UE), que substituiu a CE no Tratado de Maastricht em 1990, também escolheu esta bandeira. A bandeira aparece na face de todas as notas de euro e as estrelas em todas as moedas de euro.


A “Medalha Milagrosa” teve origem na aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, religiosa das Irmãs da Caridade, de São Vicente de Paulo, em Paris, no ano de 1830.

Ela viu Nossa Senhora sobre o globo da terra, com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Virgem deu instruções diretas: “Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças”. Ela só falou com o seu confessor e seu segredo foi guardado até a sua morte. O confessor é que divulgou a medalha. Pelas inúmeras graças e milagres de que a medalha foi veículo, ficou sendo chamada de Medalha Milagrosa.

De início o seu confessor não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina, ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em20 de junho de 1832. Desde então, a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Hoje são milhões de medalhas milagrosas espalhadas pelo mundo.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular. Em 1858, foi ratificada em Lourdes e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus. Essa invocação é um louvor e um pedido à Medianeira Imaculada.

Dom Fernando Arêas Rifan é bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

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