O ZELO DO TENENTE CORONEL PM MORAES PELA SEGURANÇA PÚBLICA

 

(Tenente Coronel PM Rombesso, eu e Major PM Moraes)

Desejo registrar, aqui, o meu modesto depoimento quanto ao zelo do Tenente Coronel PM Luiz Roberto Moraes pela Segurança Pública e o modo como a defendeu ardorosamente onde serviu enquanto oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Inicio minha fala a partir de um fato triste, mas que precisava ser enfrentado com preocupação, elevação moral e inteligência: o ataque ativo ocorrido na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), que teve como resultado cinco alunos e duas funcionárias mortas e o imediato suicídio dos próprios assassinos. Era 13 de março de 2019. No Brasil, pouco se falava – salvo melhor juízo – no ambiente policial militar (e ainda hoje, em que pese todo esforço, no âmbito interno ou externo da instituição quase bicentenária, não se fala como deveria) sobre o, então, chamado “atirador ativo”. Aliás, em 2008, no também tristemente famoso “Caso Eloá”, a PM já havia sido alertada pela Dra. Ana Beatriz Barbosa da Silva, experiente psiquiatra e escritora, de como agir em ocorrências daquele estilo, mas a médica carioca não teve audiência e o efeito da ocorrência foi a refém (Eloá) morta pelo próprio ex namorado que afirmava amá-la.

Por que estou dizendo tudo isso? – Para tentar contextualizar o que pretendo expor e como – relembrando Ariano Suassuna – quase “não sei falar, se não for por arrodeio” fiz este preâmbulo. O fato é, e aqui entro no ponto que desejo focar, o major Moraes, à espoca subcomandante do 40 M, oficial que conheci, em 2017, no 2BPChoque, em uma Formação por mim ministrada, em dois dias consecutivos, sobre Torcedores violentos ou “Hooligans brasileiros”, entrou em contato se mostrando preocupado com o fenômeno do “atirador ativo”, um tanto novo no nosso País, por dois motivos: os alunos das escolas de sua região de atuação e os “seus” policiais militares a, eventualmente, terem de lidar com esse tipo de fato um tanto sui generis.

Combinamos, após uma conversa telefônica, uma Formação minha para a ampla maioria do efetivo do 40 M com policiais de área, especializadas e até a presença – a convite do major Moraes – de Guardas Municipais da região. O amplo auditório de um colégio que cedeu espaço estava, no dia 16 de abril de 2019, lotado. Só se viam PMs e GCMs. Compartilhei um pouco sobre o tema com a importante distinção entre transtornos psíquicos (que a pessoa não tem culpa) e psicopatia (que traz culpa ao psicopata, sempre consciente de suas más ações), além de comentar sobre a ação contra o “atirador ativo”. Os policiais e guardas presentes gostaram. Até hoje, tenho repercussões do evento por parte de alguns. É, de fato, algo importantíssimo que grande parte deles desconhece.


(Aspecto do grande número de alunos presentes)

No que diz respeito à ação contra o “autor de ataque ativo”, nomenclatura atual, minha posição divergia, por simples bom-senso, daquela que estava no Protocolo da PM. Diziam os policiais, especialmente oficiais, que comigo conversavam mais ou menos o seguinte: nas ocorrências desse tipo, a orientação era o CIN: Conter, Isolar, Negociar até chegar uma equipe especializada para se confrontar, de algum modo, com o autor do ataque. Isso devia ser seguido e quase ninguém tinha culpa de tamanha limitação. Mas eu defendia o contrário e falei, neste dia, o que pensava. O autor de ataque ativo tem de ser contido a fim de que seja cessada a injusta agressão. Causou certo descontentamento o que falei. Mas eu já havia externado meu pensamento e ele estava correto. Tanto que, pouco tempo depois, o Procedimento mudou e, hoje, é doutrina comum que a primeira equipe a chegar há de interromper a matança e impedir a morte.

Para concluir desejo, então, parabenizar o Tenente Coronel PM Moraes pela ousadia em favor da população e de seus policiais. Sua preocupação pela Segurança Pública o faz muito diferenciado e apto a enxergar além. Precisamos de pessoas assim. Os que ousam pensar “fora da caixa” incomodam os medíocres, mas necessitamos de quem incomoda. Medíocres já temos muito e – por limitação ou maldade – não fazem bem a ninguém. Ao contrário, só prejudicam. Fiquemos, pois, com quem, nos ventos favoráveis ou contrários, nos ajuda! Parabéns Moraes pelo seu denodado empenho de sempre! 

            Vanderlei de Lima, palestrante sobre o tema em foco.

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