A QUEM INTERESSA TRANSFORMAR POLICIAIS EM DEMÔNIOS?
Há poucos dias, foi divulgada uma pesquisa afirmando
que aproximadamente 70% da população brasileira não confia na Polícia. Logo
depois, o Soldado PM Cosmo, da ROTA, foi assassinado no cumprimento do dever,
como prenúncio de mais uma série de ataques e mortes de integrantes das forças
de segurança.
Estas mortes obrigaram uma resposta do Poder
Público. Foi iniciada a Operação Escudo, com a finalidade de localizar e
prender os infratores envolvidos; eles são desprovidos de qualquer traço de
respeito às leis ou à vida de quem quer que seja, inclusive às suas próprias.
Obviamente que tais marginais dificilmente (para não dizer impossível), são
convencidos, por palavras, a não continuarem seus atos criminosos e têm sede de
confronto com as autoridades públicas protetoras da lei e das pessoas de bem.
Claro que, por consequência disso, inúmeros confrontos ocorreram e baixas em
ambos os lados começaram acontecer. Quase imediatamente, os “Doutos” defensores
das pobres vítimas da desigualdade social (óbvio é que trabalhadores e
policiais não merecem tal atenção), “humanizadores do crime”, se alvoroçaram e
iniciaram as críticas, buscando, a todo tempo, interromper a operação e vigiar
rigidamente as condutas de quem arrisca suas vidas em prol dos outros. E os
policiais não o fazem por dinheiro, drogas e sadismo como fazem os protegidos e
adorados desses “Doutos”.
Mais evidente ainda era que a grande mídia
ficaria do lado dos pobres coitados marginalizados que – pasmem! – têm como
comprar uma pistola, um fuzil ou qualquer outra arma no mercado clandestino,
mas não podem estudar ou trabalhar, porque são meras vítimas do capitalismo
malvado. As matérias e espaços jornalísticos são tomados por especialistas, que
nunca, fizeram nada por ninguém, a não ser aos seus próprios umbigos, mas que
tecem críticas às ações de homens e mulheres que oferecem a sua própria vida
por pessoas e famílias desconhecidas, sem esperar absolutamente nada em troca. Nem
um simples obrigado, porque este é, afinal, o seu dever. E mesmo assim estes
Policiais, verdadeiros “loucos”, seguem adiante contra todo um sistema no qual
se você critica um instrumento de votação, pode ser preso e condenado
rapidamente a penas duríssimas, mas se atacar um policial, está tudo bem.
Assina um termo circunstanciado e sai do Distrito Policial, antes do próprio
policial ofendido e/ou agredido. E nunca mais acontece nada.
Na verdade, nada disso é
novidade, desde tempos imemoriais, existe uma clara campanha para desmoralizar
e restringir cada vez mais o trabalho das forças de segurança. Afinal, os
orquestradores dessa sórdida campanha ou estão seguros com inúmeros seguranças
particulares, ou têm escolta da mesma polícia que eles atacam. Mas agora, houve
uma inovação, em absurda demonstração de bandidolatria, tivemos uma escola de
samba de São Paulo, dedicada a, literalmente, demonizar milhares de Policiais
que se dedicam diuturnamente a servir as pessoas de bem. Atitude tão nojenta e
desprezível que não é digna sequer de maiores palavras. Como dito, esse embate
é antigo e provavelmente eterno, nesta vilipendiada Nação, mas, mesmo assim, é
importantíssimo que se diga algo: o crime e os seus defensores estão avançando
rápido e implacavelmente, pisoteando os cadáveres de pessoas de bem, sejam
policiais, homens, mulheres e crianças. E com a conivência da sociedade.
Sim, conivência, pois a pessoa de bem que não se posiciona a favor de quem a defende, que prestigia políticos e imprensa defensores de bandidos, está do lado do crime. Mas lhes faço um alerta, alerta de quem lutou muitos anos nessa guerra suja do lado da lei e da ordem, os defensores de marginais, estão protegidos, mas você, pessoa de bem, está à mercê do crime, no seu trabalho, na rua, em casa etc., e somente as Forças de Segurança, estão aí para lhe proteger, ou, então, se acostume, quando – infelizmente – for roubado, sua mulher abusada, ou seus filhos mortos, a chamar a referida Escola de Samba. Afinal, quem gosta de bandido é bandido e odeia a Polícia.
LUIZ ROBERTO MORAES, Tenente Coronel da Reserva da PMESP. Mestre em Ciências Policiais. Graduado em Gestão de Segurança.
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