PADRE CHICO, UM GRANDE LÍDER
Prezado(a)
irmão(ã), nos nossos dias, existem livros que ensinam como aprender a liderar
bem, o que, sem dúvida, é muito bom. No entanto, há quem pareça já nascer
líder. Este é o caso do Padre Francisco de Paiva Garcia, o inesquecível Padre
Chico, nosso homenageado desta manhã de Domingo, Dia do Senhor e Memória
litúrgica de São Sebastião, mártir.
Aqui, desejamos rememorar três
pontos que se destacam – entre tantos – na vida do nosso antigo pároco por
quase meia década, no quesito liderança. Antes, porém, importa notar que um
verdadeiro líder, como foi o Padre Chico, tem quatro grandes características
especiais: ser perseverante, observador, vigilante e distribuidor de funções. Tudo
isso se entende de modo bastante simples.
Com
efeito, só a perseverança faz os
grandes líderes. Quem desiste no primeiro contratempo, nada consegue. A observação atenta de cada colaborador(a)
de que dispõe leva o líder a saber com quem, quando e como pode contar. Sem essa
perspicácia, pouco se consegue realizar. A vigilância
é a ferramenta dos grandes homens a fim de terem nas mãos a zelosa
administração do que se propõem, sem, todavia, serem centralizadores; ao
contrário, tornam-se distribuidores de
funções-chave a pessoas competentes e confiáveis. Relembre, prezado(a)
irmão(ã), o modo que o Padre Francisco agia e note como foi ele um verdadeiro
líder no campo religioso e social em nossa próspera cidade de Amparo!
Dito isso, voltemo-nos aos três
pontos que propusemos fazer saudosa, mas feliz memória neste momento de nossas
vidas enquanto antigos paroquianos, colaboradores e eternos admiradores do
Padre Chico. Padre cujo busto, na Praça que a partir de agora, levará – por
justa homenagem – seu nome, e, assim, nos ajudará a recordar para sempre a sua
presença intercessora diante de todos os que o buscarmos confiantes, como ele
mesmo ensinava: “Na morte, não perdemos quem se foi, mas ganhamos mais um
intercessor junto de Deus” e complementava: “Peçamos a intercessão dos que
conviveram conosco. Ninguém melhor do que eles conhece as nossas necessidades”.
A primeira lembrança é, sem dúvida,
a construção da nova matriz. Esta
belíssima igreja que nos acolhe. Vendo o crescimento do Bairro do Ribeirão e de
seus entornos, o então jovem padre sonhou – teimosamente, por que não dizer? –
com uma nova, bela, moderna, espaçosa e imponente igreja para bem acolher os
fiéis. Como o louvado santo de Assis, em Amparo, nosso querido pároco parece
ter ouvido de Nosso Senhor o mesmo apelo feito ao pobre frade italiano:
“Francisco, constrói a minha igreja”. Lá, a de São Damião, aqui, a de São
Sebastião. Aquele Francisco era o de Assis, esse o de Amparo. Dois homens de
mesmo nome, de épocas diferentes, mas que souberam ouvir e colocar em prática o
nobre apelo de Deus em favor de seus filhos e filhas.
A segunda recordação é a presença do
Padre Chico, ainda moço, no movimento chamado Cursilho de Cristandade. Nascido na Espanha, nos anos de 1930-1940,
o Cursilho destaca-se por ser um Movimento eclesial voltado a um primeiro anúncio
explícito do ideal evangélico apresentado por Jesus Cristo (o kerigma), com o propósito de despertar
novas lideranças na Igreja e na sociedade civil. O trabalho rendeu bons frutos
e suscitou muitos agentes de pastorais, dentre os quais alguns atuam até hoje.
Grande ganho para todos nós.
O terceiro ponto é a proximidade
amiga do Padre Chico com outro grande líder amparense, o Monsenhor João Baptista Lisboa, pároco da Matriz de Nossa Senhora
do Amparo. A reciprocidade do Monsenhor Lisboa era patente a ponto de manter
ele um contato contínuo e respeitoso com o Padre Chico, dizendo estar sempre ao
seu lado, mas, de modo especial, nos momentos difíceis. Nosso antigo pároco
soube retribuir o carinho do conhecido “Padre João”, em sua doença, ao assumir,
como administrador paroquial, a Matriz de Nossa Senhora do Amparo de 1991 a
1994. Tempo em que repetia: “O pároco é o Monsenhor, eu não estou passando na sua
frente. Só assumo esta paróquia como administrador, porque ele está, na casa ao
lado, alquebrado pela doença e a idade”. Belo testemunho da “fraternidade
sacerdotal” ou da “pastoral presbiteral” tão propagadas em nossos dias. Tivemos,
pois, a graça de ter entre nós dois sacerdotes à frente de seu tempo.
Por fim, não podemos, jamais, nos esquecer
daquela que sempre acompanhou o nosso querido Padre Chico. É sua irmã Nelly,
aqui presente, e que, certamente, se alegra por ver a memória de seu irmão
Francisco (para ela, “o Francisquinho”) sendo valorizada, neste 20 de janeiro,
Festa de São Sebastião e data do nascimento de seu outro irmão, também já na
Casa do Pai, Sebastião de Paiva Garcia, homem fiel, caridoso e extrovertido, por
quem, igualmente, rezamos.
Obrigado, Padre Francisco, por ter
enriquecido e por continuar, ainda hoje, a enriquecer as nossas vidas! De junto
de Deus, interceda por nós. Amém.
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